segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Monólogo da Traição

Monólogo da traição - Rotina


Como minha sopa,

Desfaço a moça

Tiro meus rastros.


Repasso o canto

Lavo meu manto

E te refaço.


Limpo a boca,

Seco os lábios

Eu não canso de repetir.

Canto-lhe versos,

Dou-te um beijo para dormir.


Saiu à chuva,

Procuro uma e te encontro.

Como com gula

E mais uma vez pego meus panos.


Nada preenche,

Nem me prende e eu quero mais.

Sinto-me sozinho aos trapos,

Nada me satisfaz.


Vivo na culpa,

Olhar nos olhos,

Não sou capaz.


Deleito-te em lagrimas,

Não sinto nada,

Dou-te promessas,

Mas são só palavras.


O amor me prende,

Me surpreende,

Mas eu ainda quero mais.

Olhos ao lado, lembram do passado,

Eu sou capaz.


Admiro a chuva,

Gotas me lembram da sua face,

Honro as palavras,

A chuva passa,

O amor me prende mais um verão.


Passa um tempo, mesmo amando,

Tudo de novo,

Limpo os rastros, até a próxima estação.


06:00 24/01/2011

A. Alawara Chavéz

5 comentários:

  1. muito bom!!!
    um ato escondido por tras de uma rotina
    nada suspeitah...
    intrigante e faz relevar o termo
    confiaça.
    muito bom mesmo!!!

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  2. exatamente...fico feliz q tenha entendiddo...preciso d comentários assim, sinceros. obrigada XD

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  3. Nhyaa One - chan esta mt lindo este poema xD

    me fez lembrar de um tempinho atras qndo me sentia assim hehehe

    qndo se cai na rotina é dificil sair D:

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  4. revelação Thais... kakakak zoa! shiiii' Mas é mesmo..

    Te adoro, obrigada, q bom q gostou!

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