segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Monólogo do Ciúme

Monólogo do Ciúme - Ciúme nebuloso estorvo do amor - Acróstico











Como existo tanto?

Irrito e desencanto.

Unifico ódio e imaginação.

Muitas vezes remorso

E corrupção.


Não entendo às vezes

Existo por puro desejo.

Boa desculpa

Um motivo para trair.

Loucos mentirosos, dizem me ter,

Omitem que só me usam para

Se divertir e esquecem

O verdadeiro motivo de eu existir.


Existo para dar charme.

Sinal de interesse, que os apaixonados,

Tem grande amor entre si.

O picante para a

Relação. Sentir a

Vontade intensa de

O amor ter para sempre.


Dor e medo de perder, mas,

O que sou não deve fazer sofrer.


A quem me exagere

Mesmo sem me sentir.

O ideal e ter-me pouco e a

Relação de amor para sempre existir.


20:40 31/01/11

A. Alawara Chavéz

Monólogo do Narcisismo

Monólogo do Narcisismo – Narciso e seu namorado


Reflexo do espelho,

Imagem do lago,

Foto que eu tirei,

É ali que esta o meu namorado.


És belo, impecável.

Flor de narciso, meu Deus.

Tão pouco me importa se

Há outros apaixonados.

Eu amo meu namorado.


Todo dia quando acordo

O espelho sempre o mostra.

Já sorri tão imaculado,

Eu o venero, o amo,

Estou apaixonado.

É tão lindo,

Seduz todos que o vêem.

Desfila egocêntrico,

Voa com

desdém.


É fiel,

E não se importa

Com quem conquista

E o olha.

Ama o que reflete, eu.

Amo o reflexo, meu.


Nada importa,

Nem chega a seus pés,

Meus sapatos guardam a beleza,

A superioridade me invade.


Inumana perfeição,

Não preciso de ninguém,

Já tenho o reflexo do meu coração.


Se me criticam, inveja.

O conquistam, sonho.

Me afogo, vida eterna.

A flor mais bela nomeamos.

Eu e meu amor,

Gravados em uma flor,

Que interpreta a beleza da grandeza,

Eu, que deus criou.


Eu e meu namorado,

Simplesmente ali simbolizados.

Porque sou rei,

Mais belo que Lúcifer.

E os outros não passam

De meros humanos recalcados.

Minha beleza, essa é o meu pecado.


10:32 31/01/11

A. Alawara Chavéz.


MONÓLOGO DEDICADO A DONOVAN♥, QUE ESCOLHEU O TEMA.

Monólogo da Andressa

Monólogo da Andressa - Amizade na Atualidade


Nesse mundo de promessas,

Declaram fidelidade.

Amores que não amam.

Novo bom dia da atualidade:

“Eu te amo”.


Mentiras, corrupção, hipocrisia.

Pessoas que juram ser confiáveis,

Mas guardam os segredos nos

jornais.

Falsos amores, paixões de carnavais.

Pouca coisa que sobrou de bom.


Amizades verdadeiras,

Sem 'muitas cores',

Antes aos montes,

Hoje peça cara da prateleira.


Conversas longas sejam pessoalmente,

Ou por programas da era digital.

Amigos em ‘off’, amigo virtual.

Diminuem cada vez mais.


Antes conversas duravam,

Amigos virtuais no ‘msn’ se eternizavam.

Hoje em dia é:

‘oi, tudo bem?’‘novidades’?

E o assunto chega ao final.


São as raridades que compensam

Esse trágico fato real.

Amigos que chegam a mais que ‘1gb’

De histórico de conversa virtual.


Madrugadas perdidas, ou melhor, ganhas.

Com as peças caras que enfeitam a lista pessoal.

Sem hipocrisia, ou papo banal.


Significa que ainda há esperança,

Mesmo nessa atualidade,

Ainda há poucas boas amizades.


Fala-se sobre tudo,

Sem restrição.

Desde feridas abertas no peito,

Até amores do coração.

Idiotices, conselhos,

Duplo sentido, podridão.

Xingamentos fazem partes,

Mas há sempre o perdão.


E nessa atualidade quase perdida,

Com amizades coloridas,

fúteis e falidas.

Fico com a esperança que no futuro,

Haja mais amizades raras,

‘Peças caras’.

Que completem amizade, e a façam verdadeira.


Porque no mundo

Não há humana sem amigos que seja inteira.


02:30 31/01/11

A. Alawara Chavéz


POEMA DEDICADO AO MEU AMIGO NELSON QUE ESCOLHEU O TEMA. E DEDICADO TAMBÉM A TODAS AS OUTRAS PEÇAS RARAS DA MINHA PRATELEIRA.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Monólogo do Idiota

Monólogo do Idiota – Tudo que sou


Sou artista, cantor e palhaço.

Poeta malabarista e rei.

Sei de tudo e nada faço.

Também sou porco, eu sei.


Danço baile dos cisnes,

Mesmo gordo e desengonçado.

Arraso nos xavecos,

Sou virgem e otaku.


Vivo para perturbar,

Sou feliz em ti sacanear.

Se alguém esta quieto,

Eu vou até lá zoar.


Às vezes sou assim por que

É o reflexo oposto da minha alma.

Outras, pois melancia não está na moda.

Há casos que a maluquice passou na minha porta.

Sou carente ou sinto prazer por incomodar.


Gosto de ser bobo da corte,

Coisa melhor não há,

Do que rir e rir até chorar!


Meus inimigos são os mal humorados,

Nunca tem paciência comigo.

Os normais são meus aliados,

Gostam e riem de tudo que faço.


Sem platéia não sobrevivo,

Mas sempre tem alguém que rir do que digo.

Até os mais sem sal

Dobram-se nas minhas piadas de jornal.


Eterna criança,

Discípulo de Peter pan.

Gosto de dizer que é em nós

Que a felicidade se encontra.


Há quem discorde,

E ria de mim ao invés de comigo.

Me xingam de idiota,

Mais eu não ligo.

Pois para mim isso sempre foi elogio.


Temos o livre arbítrio,

Cada um vive como quer,

Eu optei por não ter rugas

E você por ter mulher.


Veja no futuro,

Eu serei cabeludo,

Terei velha enxuta me esperando.

E você será pelancudo e careca.

Pois preferiu fechar a cara para coisas boas de uma festa.


Claro ainda há tempo,

Ponha um tamanco e uma peruca,

Venha comigo há um evento de anime.

E nessa estrada do tempo,

Com a maldade e tédio concorreremos.

Mas seremos cosplays vencedores,

Pois a felicidade interpretaremos.


19:43 30/01/11

A. Alawara Chavéz



POEMA FEITO PARA PRESENTEAR MEU AMIGO TIAGO QUE FAZ ANIVERSÁRIO AMANHA, DIA 31/01, TEMA ESCOLHIDO POR ELE.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Monólogo do coração

Monólogo do coração – Sentimento Ausente


Diante a todos os sentimentos

Que a mim são mesclados.

O amor, a dor,

Ódio e sofrimento...


Sinto a ausência mais perto

A cada momento.

Ausência do próprio sentimento,

Que são tantos,

E ao mesmo tempo nenhum.


O amor que tanto promete,

Diz que logo vem,

Mas a minha porta sempre esquece.


A dor que me ilude com sua presença,

Mas na realidade,

Às vezes ela nem chega.


O ódio de uma falsa paixão,

Que da as caras por um segundo,

E se vai,

Deixando-me apenas ilusão.

De ter sentido a perda,

Só imaginação.


Nem o sofrimento me alcança.

Só há vazio em meu coração.

E a esperança de poder sentir de verdade,

Às vezes me toma.

Mais logo se vai,

Como uma pequena chama.


Eu não sei se algum bom sentimento há em mim,

Mas com certeza a frieza

Com o tempo adquiri.


E se nessa vida estiver fadado

A não sentir nada por ninguém.

Se a lembrança dessa alma permitir,

Lembrarei de todas as emoções

Um dia sentir por alguém.


07:30 28/01/2011

A. Alawara Chavéz


POEMA ESCRITO PARA MEU AMIGO 'SAI', QUE ALEGA NÃO TER SENTIMENTOS POR NINGUÉM. E FAZ ANIVERSÁRIO DIA 01/02.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Monólogo do Poeta

Monologo do poeta - Ser


Me transformo em amor,

Sou palavras e sou dor.

Homem e mulher,

Ate experimento ser deus o teu senhor.


Namoro o mais belo,

Choro a morte de ninguém.

Interpreto o abstrato,

Solidifico o além.


Vivo sensações intensas,

Compartilho emoções.

Envolvo e reflito,

Dou-te reflexão e infinito.


Sangro a ferida,

Rasgo a cicatriz escondida.

Mostro a tinta da minha alma de poeta,

Sangue que escorre de minhas estrofes em controvérsias.


Absorvo o alheio,

Transformo em parte do meu inteiro.

Sou quem eu quiser,

Hoje fera,

Amanhã sedução.


Primeiro verso sou argumento,

Ultima linha coração.

Sou tudo amanhã.

Agora sou pura emoção.

Posso tudo, sou poeta!

Eterna construção.


14:10 26/01/2010

A. Alawara Chavéz.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Monólogo do Amor

Monólogo do amor - Definição.


Às vezes acompanho religião.

Meço palavras por medo de levar um não.

Inevitavelmente perco todos os sentidos,

Cego portador e tapo os ouvidos.

Sinto apenas o que sou.


Desdobro-me em vários.

É gostoso estar presente na família,

Irmãs, Pais, Amigas.


É triste quando sou enganado,

E a amizade torna-se pecado.

A natureza gosta quando me possuem,

Fica feliz quando apoio seu lado.


Assusto quando me alio ao possessivo.

E o ciúme torna-se amigo.

Gostam quando caso com o desejo,

E namoro um pouco com a imaginação.


De todos meus conhecidos,

Sou o mais Ambivalente do que a própria.

Pois mesclo desde a compreensão,

Até o ódio e a Traição.


A felicidade nem sempre me sorri,

Lágrimas são mais presentes em mim.

Quando demoro a chegar,

A paixão abusa no meu lugar.


Demoro porque o medo sempre me alerta,

Sabe que a tristeza me acompanhará.

Nem sempre ele acerta,

Pois quando cisma a felicidade vem me procurar.


Nunca a compreendo,

Ela é autista e se esconde onde não posso enxergar.

Diz que anda comigo,

INVISÍVEL?

Não consigo lhe notar.


A paciência explica:

"Caro amigo, ela esta presente na simplicidade do olhar”.

ÓH! Como sou incompreendido,

Só confundo quem escolho flechar.


Prefiro quando a paz me da graças,

E enfeito a bondade nas ações.

Melhor do que quando chego na 'maldade'

Com segundas intenções.

Pois sinto cheiro de erro quando é para um par.

Ainda mais quando o preconceito resolve me apunhalar.


A inveja não entende como sou belo,

E não existe critério para eu chegar.

Nessa hora não me importo com inconveniência,

Quero apenas com a felicidade reencontrar.


Onde ela esteja,

No breu ou na reencarnação,

Na amizade ou solidão.

Quem sabe no espelho,

Ou ate mesmo no conselheiro.

Moça ou rapaz.

Não importa em qual chego primeiro,

Nem tal qual irei atrás.


Eu apenas quero que entendam,

Que sou muitas coisas e ao mesmo tempo nada,

Vivo em todos e em nenhum.

Que é difícil a minha estrada.


E em contradição digo

Que não tentem me entender.

Pois não peço permissão,

Não adianta correr.

E chegarei a qualquer hora

Para atingir seu coração,

Talvez te faça sofrer,

Mais chegarei querendo, ou não.


11:13 26/01/11

Abayomi A. Chavéz.



PRIMEIRA FOTO DEDICADA AO MEU AMIGO QUE A ESCOLHEU ♥

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Monólogo do Desejo

Monólogo do desejo - Vingança


Confundem-me com arrepio

Pois altero poro

E faço frio.


Ao mesmo tempo em

Que jogo chamas,

E chamo a gula

Para confundir.


Há fome,

E vazio em mim,

Mesmo se te alimentar.


Pois fingem que não existo,

Por isso ataco,

Para isso mudar.


E a sede brota de ti,

Cada vez que água salina

Encanta-se ao me encontrar.


Às vezes venho com a paixão,

Outras com o amar.

Muitas só com a luxuria,

Amiga a me enfatizar.


Gosto quando resistem,

E a biologia

Torna-se meu par.


Olhar que não nega,

Flor que encolhe

A me ver passar.


Garganta que fala,

Labareda que cresce

E se agita.

Água que não apaga,

Muitos rios de vida.


Vários ângulos,

Muitas fotos,

Torno-me presente.

Até secar os poros.


E depois,

Quando não me confundem,

Não me negam.

Sumo e me vingo com o cansaço.


Perto da morte

Chamam por mim.

Mais sou egoísta,

Já me vinguei.

Assim aprendem

Desde cedo a me assumir.


Pois sou emoção,

E também quero

Que falem bem de mim por ai.


02:45 26/01/11

A. Alawara Chavéz

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Monólogo da Dúvida

Monólogo da dúvida – Existência


Existência que existis,

Mesmo antes de tal nomenclatura.

Divindade existencial,

Respostas do por que

De não ser um simples final banal.


Vida de castigo para a morte,

Porta da vida plena.

Ateus apresentam controvérsias,

Preferem à ciência?


Eu apenas observo,

Desdenho, mas não apoio nada ao certo.

Dos porquês respondidos misticamente,

Tantos que escolhi para aceitar parcialmente.


Vida eterna após a morte,

Ou reencarnação.

Ponto final ao ultimo batimento,

Ou não doar sangue para ter a aceitação.


Não acreditar no divino.

Propor ser mero adubo.

Um acaso do destino,

Depois de uma explosão que cria tudo.


O profeta. As Deusas, Mãe Terra.

Sentar e respirar,

Meditar e agradecer por aqui estar.

Há tanto que me entra a mente,

Mas tanto que me faz rir e desacreditar.


Sou macho, vim da lama,

Fêmea da costela,

Ou do barro para depois vagar,

Pois o machismo existi

Desde quando Lilith quis dominar.


Diga-me oh esperança,

Há algo que me aconselha acreditar?

Fale-me confiança,

Onde devo me apoiar?


Se o pecado conhece a existência,

Estou a pecar porque em Tomé quis me inspirar?

Se nesse momento a divindade dominante,

Observa-me com amargura,

Assim como meu inspirador recebeu perdão,

Se cometo o erro e a reencarnação me permitir,

Peço que me de outra vida,

Para que de ti eu não ouse desmentir,

Transforme-me em algo diferente do que sou,

Dúvida.

E faça me ser a única que há ti sempre venerou.

Fé.


Mas se o tal não existir,

Cada um acredita no que quiser. XD


10:07 25/01/11

A. Alawara Chavéz

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Monólogo da Traição

Monólogo da traição - Rotina


Como minha sopa,

Desfaço a moça

Tiro meus rastros.


Repasso o canto

Lavo meu manto

E te refaço.


Limpo a boca,

Seco os lábios

Eu não canso de repetir.

Canto-lhe versos,

Dou-te um beijo para dormir.


Saiu à chuva,

Procuro uma e te encontro.

Como com gula

E mais uma vez pego meus panos.


Nada preenche,

Nem me prende e eu quero mais.

Sinto-me sozinho aos trapos,

Nada me satisfaz.


Vivo na culpa,

Olhar nos olhos,

Não sou capaz.


Deleito-te em lagrimas,

Não sinto nada,

Dou-te promessas,

Mas são só palavras.


O amor me prende,

Me surpreende,

Mas eu ainda quero mais.

Olhos ao lado, lembram do passado,

Eu sou capaz.


Admiro a chuva,

Gotas me lembram da sua face,

Honro as palavras,

A chuva passa,

O amor me prende mais um verão.


Passa um tempo, mesmo amando,

Tudo de novo,

Limpo os rastros, até a próxima estação.


06:00 24/01/2011

A. Alawara Chavéz

Monólogo da Andressa

Monólogo da Andressa – A euforia


No inicio era inocentemente

Com apenas uma pequena pitada de esperança.

Eu visitava e lia os escolhidos,

Deslumbrada com os versos tão bem escritos.


Depois veio o pecado da inveja,

Que me fez sentir exatamente o que estava escrito ali.

Pois a vaidade já tinha se mostrado tão formosa,

Esperança não havia mais em mim.


Mas a inspiração brotou no peito

E com a suposta derrota a vontade de fazer bem feito,

Não que eu fosse conseguir,

Mas tentar não custava.


Então um novo blog nas veias eu senti.

A principio estava um caos,

Como diriam: “ meio google”, mas nada mal.

E vieram os conselhos,

Que ao pé da letra foram seguidos.

Cores harmônicas e fotos de confiança.


Eu já estava feliz com meu projeto novo,

Uma chance para começar de novo e melhor.

Já não tinha porque invejar o possível ganhador da luxúria,

E sem saber ajudei a escolher as fotos pecadoras, não para mim,

Mas para o sortudo que merecidamente como os outros estaria ali.

E eu adormeci.


Sonhei com versos e com o cheiro de site novo,

Como os livros que não foram lidos, tão instigantes,

A vitória eu queria abrir.

E o desejo de ver quem merecia ter a foto pecadora

Que eu ajudara a escolher.

Me acordou e transformou-se em euforia

Quando percebi que conhecia aqueles versos que penetravam em mim.


Li e reli. A foto tão yang completava meus versos. Eu consegui.

Os comentários tão envolventes,

Só felicidade me habitava,

E despercebidamente eu parei aqui.

Porque são desses momentos de euforia,

Que eu me inspiro, todo dia, será sempre assim.


15:06 23/01/11

Abayomi A. Chavéz

ESSE POEMA FOI ESCRITO PARA DEMONSTRAR O QUE EU SENTI AO GANHAR O CONCURSO SETE PECADOS NO BLOG DO LUAN EMÍLIO- DAS CARTAS QUE NUNCA MANDEI: http://dascartasquenuncamandei.blogspot.com/2011/01/vencedores-do-concurso-7-pecados_435.html

domingo, 23 de janeiro de 2011

Monólogo da Mente

Monólogo da mente - Mais uma emoção


No meu ônibus vazio,

O amor se sentou.

Bem perto do motorista,

No lugar de cobrador.

Desceu anos depois

E nunca mais voltou.


Até que a paixão me fez sinal,

Tão atraente quase parei.

Mas minha porta eu não abri,

Pois o senhor medo veio do fundo impedir,

Soprando em meu ouvido dores

Que não mais viajavam em mim.


Ainda estou no ponto observando tal emoção,

Que tenta entrar pelas janelas,

Que me olha no fundo,

Penetra meu coração.


Oh mas é tão perigosa,

Vem armada e irá me ferir.

Assaltara meus fragmentos,

Roubara o resto do meu coração de mim.


Mas minha porta eu abri,

E a vadia deu-me o vicio de teus lábios,

Tão doces,

Mas sei que logo amargos.


Ah mas dessa vez não te levarei em minha estrada

Até seu ponto final, não, não.

Do meu ônibus irei lhe expulsar,

Enquanto ainda tenho minhas forças,

E possuo meus fragmentos seguros

Para você não roubar.


Desça do meu ônibus, por favor.

Antes que de livre e espontânea vontade

Eu lhe dê meu amor,

Que esta subindo e nem me avisou.


E em meu ônibus vazio

O único passageiro é o vento da solidão,

Que escoa pela janela,

Dando assento a paixão.


No meu ônibus,

Lotado de escuridão,

Dirijo cega,

De encontro a mais uma emoção.


03:01 – 12/10/10

A. Alawara Chavéz

sábado, 22 de janeiro de 2011

Monólogo da Emoção

Monólogo da emoção - O debate interno


Não me importo com o que o wikipédia diz a meu respeito, pois sou melhor que ele. - Soberba

Os cientistas afirmam que somos reflexos do lobo frontal. - Dúvida

Faça-me o favor, o que o lobo tem a ver com isso? - Ignorância

Não se trata de lobo animal e sim de uma parte

do cérebro simplificando para você. - Inteligência

E o que você esta fazendo aqui, você não é uma emoção! - Inveja

Não podemos nos emocionar sem entender do que se trata, é como se lêssemos uma piada e não entendêssemos se não entendemos não rimos. Para entender é preciso dela sim. -

Humildade

Ela é útil. - Interesse

Ela é como você e eu e as outras também. - Paciência

Eu não queria falar, mas eu ouvi por ai sabe. Os psicopatas são inteligentes, alguns. - Timidez

É verdade, isso é um caso sério, nós não os dominamos. - Preocupação

Fale por você, eu sou fiel amiga dos seriais killers. - Frieza

Infelizmente eles fazem de tudo por causa do impulso de matar. - Decepção

Alguém me chamou? - Impulso

Fora daqui, agora! - Ira

Não a trate assim, não podemos afirmar nada. - Bondade

A verdade é que precisamos dos impulsos também para ir com tudo. - Gratidão

Às vezes isso não é tão bom e traz a raiva. - Arrependimento

Nada disso importa! - Mau humor

O que importa é que todas juntas influenciamos os humanos. - Orgulho

Sem nós, os humanos seriam monstros ocos. - Tristeza

Se depender da minha ajuda eles sempre serão a

escoria desalmada. - Vingança

Sempre egoístas rancorosos e ciumentos. - Egoísmo, Rancor, Ciúme

Mas é por isso que estou aqui, para amar e odiar e criar certo equilíbrio. - Ambivalência

Sem nossa existência eles apenas iriam reproduzir. - Paixão, Amor

Que tal chegarmos a uma conclusão, sinto sono. - Preguiça

Eu concluo que eles sempre me buscam. - Felicidade

Mal sabem que você esta nos detalhes e pequenos momentos. - Pena

Eu sirvo como o eterno empurrãozinho. - Esperança

Como eles viveriam sem nós? - Curiosidade

Talvez fossem meros animais, irracionais, desprovidos de sentimentos. -

Fico feliz que possamos ajudar-los a não ser assim. - Afeição

Acho que ficaremos loucas se ficarmos pensando se somos úteis ou para que existimos. - Medo

Sinto que fui ofendida. - Loucura

Calem-se! - Emoções


Acho que agora entendi a essência - Emoção

Então acho que cheguei à conclusão debatendo comigo mesma,

Sou necessária para a sobrevivência,

Às vezes má para que os humanos possam aprender sozinhos e buscarem-me boa.

E boa para ajudar a caminhada dos maus.

Não importa o que pensam sobre mim, só de pensar estão agindo comigo.

Evoluindo e superando-se.

E é com muita alegria que descobri,

Que mesmo no sofrimento, dor ou decepção.

Sou essencial para a vida,

Porque mesmo na ilusão,

Ajudo para que essa grandiosa estrada não fique perdida,

Não exista em vão.

São os pequenos momentos, emoção,

Que marcam a curta estadia dos humanos nessa vida, nesse chão.


22/01/11 - 08:02

A. Alawara Chavéz


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Monólogo da Luxúria

Monólogo da luxúria - O desabafo


Estou no decote assanhado,

No vermelho vibrante.

Ou o desejo que grita pelos poros,

Com o suor e até depois no cansaço.

Que não te abate e te deixa salivante,

Porque firme meu espírito em ti entrou.


Sou o olhar sedutor,

E a fome insaciável por calor.

Às vezes meu coração é frio,

Mas meu corpo é sempre quente.

Invado almas.

Despurifico mentes.


Varias vezes sem amor nenhum eu prossigo,

Sigo minhas vontades,

Meus instintos.


Devoro-te,

Faço-te escrava.

É você que eu uso

Para saciar minhas fantasias mais ousadas.


Não há errado.

Os desejos obscuros,

Faço de tudo sem pensar,

Nada irei negar.

Pois sou todos os impulsos por prazer

Que a mais fértil imaginação ousa ter.


Sou a sobrevivência das moças de rua,

E a nostalgia das coroas que me largaram.

E a névoa escura entre quatro paredes.


Poucos assumem que lá estou,

Mas estou presente em Todos.

Uns tem pouco de mim,

Outros vivem puramente tudo que sou.


Muitos me chamam de pecado,

São hipócritas que não me assumem.

Pois quando tudo fica escuro,

É a mim que gritam no final.


Alguns me temem,

Outros muitos me escolhem como guia.

Eu vivo há muito tempo,

Pecaminosa e escondida.


Mais quanto mais o tempo passa,

Aos poucos todos me revelam.

Agradeço aos mais bem aventurados

Que desde sempre não falaram mal de mim,

E aproveitam cada segundo sem medo,

Eles dão-me alegria de existir.


Eu sou o desejo secreto ou exposto que há em ti,

Sou o que sua mãe disse que é errado,

E sua avó fez a cruz dizendo que é pecado

Mas saiba que nem ela vive sem mim.


03:26 16/01/11

A. Alawara Chavéz