Monólogo das emoções
Porque sem elas somos monstros vazios.
terça-feira, 22 de novembro de 2016
ASAS
Asas
Penas cortadas não alçam voo,
mas a mente liberta alcança o céu.
A sociedade apara a alma do poeta,
e a humanidade o destrói.
Falhos e impuros seres,
presos a carne.
Velhos e novos prazeres,
dilaceram o sentir.
O corpo apodrece,
mas a alma voa pelo tempo.
Vidas e vidas se passam,
ciclos ruins que se repetem.
Versos que ultrapassam eras,
cravados na memória do ser.
As asas sobrevoam milênios,
mas O fio vermelho não deixa esquecer.
As energias fluem,
e o emaranhado se desfaz.
No fim do caos do cais,
O voo cessa no azul de um novo céu.
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
Insônia Visceral
A madrugada é das almas indecentes,
das carentes de reflexão.
Um belo satélite como luminária,
e um punhado de escuridão.
Basta estar acordada,
e o silêncio como som.
Um vento, uma chuva,
um frio e algumas palavras,
e a noite passa...
Vagarosamente, calada.
Com grandes conflitos,
ideias e suplícios,
de uma mente bagunçada.
Entre olheiras,
soluços e sorrisos,
gira o ciclo,
mais uma madrugada.
É a jornada do pensar,
que cessa ao raiar do dia,
E se renova por meses, anos e vidas.
Até o sono te encontrar.
sexta-feira, 9 de setembro de 2016
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
Ruiva - Geladeira 5
O alvorecer do teu olhar,
quase me cega de ilusão.
Tão brilhante vem me amar,
tão opaco me deixa em solidão.
Sua pele tão alva e fria,
desde sempre me aquece sem pudor.
Mesmo agora, de partida,
seus labios roxos me enroscam com amor.
Mas lentamente tua carne putrefata
me distancia em agonia
antecipando a penumbra de um horror.
A realidade me assassina,
O iludir se dissipou.
Alawara Chaves
Imagem:http://lzgo.deviantart.com/art/ruiva-375721254
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Som ensurdecedor
Era um som.
Tão palpável como o vento,
Tão sólido como a água.
Caminhava em meus tímpanos,
Como uma brisa gélida.
Que vagarosamente me apunhalava.
Era mais belo que o violino,
Que a cada nota musical
Tornava-se divino,
E eternamente me tocava.
Era quente como a neve
E derretia tudo que eu poderia ser.
Era quase eterno
E dizia o que tinha que dizer.
Sábio, não errava.
Só não compreende,
Quem tem medo de entender.
Toda a noite me visitava,
Cantava com a lua e a escuridão
Na melodia do céu da madrugada.
Era meu grande amigo,
Mas às vezes trazia alguém distinto,
O tédio, que não me alegrava.
Era o silencio,
Que a verdade me trazia.
E nas minhas emoções se emoldurava.
Alawara Chaves
imagem: http://avroragum.deviantart.com/art/Silence-317547761
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Acorda Brasil, acorda mundo
Acorda Brasil, acorda mundo!
Eu nunca pensei que poderia dormir por tanto tempo.
Hoje eu acordei para o mundo.
Há muitas verdades ocultas,
Dolorosas, que não produzem sorrisos.
Mas são verdades que devem ser ditas.
Eu não gosto dessa mídia,
Que veste a mascara pão e circo.
E ninguém se importa.
São só sorrisos.
Falsos sorrisos que se iludem.
Que te iludem.
Carnaval, futebol.
Onde foi parar o evento que se importa com o mundo atual?
Há guerras e mortes.
Muito sangue, mas ninguém quer falar,
Não é importante.
Eu prefiro mil vezes falar a verdade,
Gritar o que esta acontecendo,
Vamos mundo, o ocidente esta padecendo,
E junto nós podemos ir para o mesmo buraco.
Porque ninguém se importa?
Porque ninguém informa?
O que aconteceu com as pessoas?
Eu prefiro mil vezes falar a verdade,
Gritar o que esta acontecendo,
Vamos mundo, o oriente ta padecendo,
E junto nós podemos ir para o mesmo buraco.
Mas a massa quer a diversão,
Quer a ilusão,
A falsidade e hipocrisia.
Eu só quero sair dessa mentira,
De que nada esta acontecendo.
Enquanto muitos ganham bilhões de dinheiro,
E se preocupam com mais e mais,
Outros mais e mais morrem de fome,
Morrem nas guerras.
E até por maléficos ideais.
Eu prefiro mil vezes falar a verdade,
Gritar o que esta acontecendo,
Vamos mundo, o oriente ta padecendo,
E junto nós podemos ir para o mesmo buraco.
Acorde você também,
Se informe, se preocupe.
Se amassemos uns aos outros,
Pararíamos de egoísmo.
Hey, não há só o seu umbigo.
Vamos unir forças,
Mudar esse trágico destino.
Eu prefiro mil vezes falar a verdade,
Saber o que esta acontecendo,
Vamos mundo, todo juntos poderemos!
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Ao menos uma vez
Ao menos uma vez
É carnaval, tire sua mascara,
Eu estou vendendo a minha, bem barato.
Estou com uma nova. E você baby?
Òh eu joguei fora os meus cigarros de brinquedo
Que tal fumarmos de verdade ao menos uma vez?
Venha, sai dessa um pouco.
Vamos nos embebedar de ilucidez.
Ao menos uma vez!
Ao menos uma vez!
Oh baby eu não me importo mais.
Agora o vento pode me levar,
Venha, vamos voar um pouco.
Ao menos uma vez,
Ao menos uma vez.
Eu voarei de qualquer forma,
Minhas asas estão tão longas
Você quer cortá-las?
Oh baby eu passei meu brilho preto
E agora?
Minha auréola explodiu.
Oh baby deixe as cinzas no chão
Venha, liberte-se também,
Onde está sua criança?
Ao menos uma vez,
Ao menos uma vez.
Deixe-me vê-la.
Ao menos uma vez,
Ao menos uma vez.
Ao menos uma vez.
A. Alawara Chaves