terça-feira, 22 de novembro de 2016

ASAS



































                                           


 Asas

Penas cortadas não alçam voo,
mas a mente liberta alcança o céu.

A sociedade apara a alma do poeta,
e a humanidade o destrói.

Falhos e impuros seres,
presos a carne.

Velhos e novos prazeres,
dilaceram o sentir.

O corpo apodrece,
mas a alma voa pelo tempo.

Vidas e vidas se passam,
ciclos ruins que se repetem.

Versos que ultrapassam eras,
cravados na memória do ser.

As asas sobrevoam milênios,
mas O fio vermelho não deixa esquecer.

As energias fluem,
e o emaranhado se desfaz.

No fim do caos do cais,
O voo cessa no azul de um novo céu.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Insônia Visceral

Insônia visceral

A madrugada é das almas indecentes,
das carentes de reflexão.

Um belo satélite como luminária,
e um punhado de escuridão.

Basta estar acordada,
e o silêncio como som.

Um vento, uma chuva,
um frio e algumas palavras,
e a noite passa...
Vagarosamente, calada.

Com grandes conflitos,
ideias e suplícios,
de uma mente bagunçada.

Entre olheiras,
soluços e sorrisos,
gira o ciclo,
mais uma madrugada.

É a jornada do pensar,
que cessa ao raiar do dia,
E se renova por meses, anos e vidas.

Até o sono te encontrar.